Projetosem Andamento
Na série "Comentários" integrantes do OIMC publicam textos curtos (3 páginas em média) em formato livre e de opinião sobre temas da conjuntura climática nacional e internacional.
Desenvolvido em parceria com o Laboratório de Estudos Geopolíticos da Amazônia Legal (coordenação) e com o Observatório Político Sul-Americano, o projeto de pesquisa se dedica a investigar as percepções, interesses e ações dos diferentes atores políticos que têm poder de incidência no desenvolvimento sustentável da região. Em uma de suas principais contribuições à iniciativa, o Observatório vem produzindo uma série de artigos publicados em edições dos Cadernos do OIMC. O objetivo desta série é analisar as agendas e os interesses que potências extrarregionais, organizações intergovernamentais e fóruns multilaterais manifestam em relação à Pan-Amazônia no presente, visando o estabelecimento de uma base de informações públicas que permitam avaliar convergências e divergências políticas entre diversos atores que têm capacidade para incidir nos rumos destes territórios. Para o primeiro número da série, nossa equipe produziu um relatório abordando os principais temas e resultados da COP 28, com destaque para as questões ligadas à Amazônia e à atuação brasileira na Convenção. O projeto é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), no âmbito do edital Iniciativa Amazônia+10, e conta também com estudos do OPSA sobre os países sul-americanos amazônicos e do LEGAL sobre os estados brasileiros amazônicos.
Conduzido em parceria com o German Institute for Global and Area Studies (GIGA), o projeto coordenado pela Prof. Ana Paula Tostes se foca em obstrução climática e política externa em perspectiva comparada, buscando criar redes de cooperação internacional e apresentando produtos de pesquisa, publicação e ação acadêmica em cooperação com os pesquisadores alemães. No Brasil, os estudos sobre obstrução climática no campo das ciências humanas e sociais são incipientes. Ações e parcerias propiciadas por este tipo de projeto são importantes para a inserção da academia nacional na comunidade epistêmica, fomentar o debate entre produtores de conhecimento e especialmente, produzir mobilização e interação entre acadêmicos do Norte e do Sul, visando a uma reflexão conjunta e inovadora sobre a obstrução climática em países do Sul.
Meu interesse no tema da mudança climática se desdobra a partir da teoria social e em particular, este momento, da sociologia política, além de ser, em si, esta questão de suma importância para o mundo contemporâneo. Na medida em que a modernidade, no cerne de seu imaginário e em suas instituições, assim como práticas, definiu a “natureza” como exterior à “sociedade”, a primeira somente surge como possível objeto de intervenção política. Como tratar desse problema teórica e praticamente, em face do enorme desafio de mudar a trajetória do aquecimento global, entre outros problemas gerados pela mudança climática é, portanto, o que especialmente me ocupa.
Este projeto sobre o campo do negacionismo climático é coordenado por Carlos R. S. Milani e conta com a participação de Ruth Mckie (De Montfort University, UK) e da pesquisadora assistente Janaina Pinto. Parte da rede intitulada “The Climate Social Science Network”, da Brown University (EUA), o projeto visa a mapear redes, organizações e lideranças relevantes no amplo campo político do negacionismo climático no Brasil, respondendo a perguntas tais como: quais são as principais redes? Como se organizam? Quais são suas conexões transnacionais? Existem alguma relação entre religião e negacionismo climático no Brasil? Qual seria o perfil dos cientistas que participam dessas redes e organizações? A primeira fase do estudo está estruturada em torno de entrevistas com agentes do campo ambiental brasileiro. A segunda fase, ainda em elaboração, estará orientada para o estudo direto com lideranças e organizações do campo do negacionismo climático no Brasil.
A pesquisa Realidades Complexas e Saber Ambiental: alternativas metodológicas em ambiente e sociedade desenvolve estudos empíricos e reflexões teóricas buscando o entendimento dos processos de construção social do meio ambiente relacionados às temáticas: ecologia política; conflitos e vulnerabilidades socioambientais; desenvolvimento local; políticas públicas; educação e ética ambiental; turismo e metodologias processuais, visando à afirmação do potencial transformador e crítico do saber ambiental que impulsiona o ator social para o desvelamento da realidade, a ação política coletiva e a autonomia individual.
O foco de atividades sobre a agenda verde europeia se sustenta no aumento da relevância do tema na Europa em duas vertentes abaixo descritas, e pode ser desenvolvido em atividades de pesquisa, proposta de cursos e palestras. A primeira vertente é a da implementação do “Acordo Verde” da Comissão Europeia, lançado em dezembro de 2019, e a segunda se refere ao aumento do suporte eleitoral a partidos verdes, identificado em eleições na Europa no mesmo ano. O “Acordo Verde Europeu” que visa criar, no âmbito das políticas regionais da União, uma série de iniciativas e pacotes legislativos que promovam a transformação da Europa no primeiro continente com impacto neutro no clima até 2050. Ao mesmo tempo, vimos no âmbito da sociedade civil um suporte a essa agenda com o aumento de votos em partidos verdes, tanto em eleições nacionais quanto na eleição para o Parlamento Europeu. Seria a agenda verde uma alternativa sustentável aos extremismos ideológicos e um reflexo de mudanças de enfoque sobre impactos ambientais relacionados à economia e imigração?